Sente-se confortavelmente e faça algumas respirações profundas.
Comece a observar os pensamentos que lhe chegam. Tome consciência deles
e deixe que sumam em seguida. Não os evite nem os incentive.
Não dê continuidade a nenhum pensamento. A tendência da mente é fazer
associações. Quando vem o pensamento "preciso pagar uma conta no banco" a
mente dá continuidade: "será que tenho dinheiro suficiente? Se não
tiver, posso pedir emprestado ao fulano. Caso ele não possa
emprestar...". E assim vai. Portanto, corte o fio antes que toda a meada
se desenrole.
Tente ver cada pensamento como um quadro estático, como uma cena de um grande vídeo-clip que não merece muita atenção.
A mente está representando uma grande peça diante de você. Mas você não é o protagonista. Você é apenas o expectador. Portanto não se envolva.
Caso haja uma grande confusão de pensamentos fluindo, apenas "olhe"
essa confusão. Não tente controlar seus pensamentos, deixe que eles
venham da maneira que vierem.
Não espere nada de especial da sua meditação: fogos de artifício
explodindo diante de você, deuses e iluminados desfilando, flores de
lótus ou luzes maravilhosas. As imagens que surgem podem ser apenas
produto da actividade mental, truques da mente para distraí-lo. Portanto,
continue apenas observando como outro pensamento qualquer. Não se
envolva com a beleza ou beatitude delas. Se elas forem mais que um
produto da mente, você saberá.
Inlakesh