CONTROLE DO PENSAMENTO

22:31

Sente-se confortavelmente numa cadeira ou deite-se num divã.


Relaxe todo o corpo, feche os olhos durante cinco minutos e observe o curso dos pensamentos que você tenta fixar.

No início irá perceber que uma grande quantidade desses pensamentos precipitar-se-ão em sua mente, na sua maioria pensamentos relativos a coisas e situações do dia-a-dia, às suas actividades profissionais, suas preocupações em geral.

Imagine-se na posição de um observador silencioso, totalmente livre e independente.


Conforme o estado de ânimo e a situação em que você se encontrar no momento, esse exercício será mais ou menos difícil de realizar.


Não se trata de perder o curso do pensamento ou de esquecê-lo, mas de acompanhá-lo com atenção.

Devemos sobretudo evitar pegar no sono durante o exercício. Ao nos sentirmos cansados,devemos interromper o exercício imediatamente e adiá-lo para uma outra ocasião, quando então assumiremos o compromisso de não nos deixarmos dominar pelo cansaço.

Para não perder o seu tempo precioso, os indianos, por exemplo, borrifaram ou esfregam água fria no rosto e no peito, e assim conseguem permanecer despertos.

Algumas respirações profundas antes do exercício também eliminam e previnem o cansaço e a sonolência.


Com o tempo, o aprendiz descobrirá por si mesmo essas e outras pequenas medidas auxiliares.

Esse exercício de controle de pensamento deverá ser feito de manhã e de noite, e a cada dias do seu tempo deverá ser prolongado em um minuto, para que em uma semana possamos acompanhar e controlar o curso de nossos pensamentos por no máximo dez minutos sem nos dispersamos.

Esse período de tempo foi determinado para o homem mediano, comum.

Quem achá-lo insuficiente pode prolongá-lo de acordo com a própria avaliação. De qualquer modo deve-se avançar com prudência, pois não há motivos para pressa; em cada pessoa o desenvolvimento ocorre de forma bastante individual.

O aprendiz atencioso perceberá como inicialmente os pensamentos não sobressaltá-lo, passando por sua mente em grande velocidade e dificultando a sua captação. Mas de um exercício a outro ele constatará que o caos inicial irá desaparecendo aos poucos e eles ficarão mais ordenados, até que só uns poucos surgirão na sua mente como que vindos de muito longe.

Devemos dedicar a máxima atenção a esse trabalho de controle do pensamento, pois ele é extremamente importante para a evolução mágica, o que mais tarde se evidenciará por si mesmo.

Pressupondo-se que o exercício em questão foi suficientemente elaborado e que todos já conseguem dominar a sua prática, podemos prosseguir com mais uma instrução mental. Já aprendemos a controlar nossos pensamentos.

O exercício seguinte consiste em não permitir que pensamentos insistentes e indesejados aflorem em nossas mentes. Por exemplo, ao retornar-mos à nossa vida privada e familiar, devemos estar em condições de evitar as preocupações ligadas ao nosso trabalho profissional.

Todos os pensamentos que não pertencem à nossa vida privada devem ser desligado, e devemos imediatamente nos transformar em outras pessoas. E vice-versa, na nossa actividade profissional devemos direccionar nosso pensamentos exclusivamente ao trabalho e não permitir que se desviem para outros locais, como o ambiente doméstico ou privativo, ou qualquer outro.

Isso deve ser exercitado até transformar-se num hábito. Devemos sobretudo habituar-nos a executar nossas tarefas, no trabalho ou na vida privada, com a máxima consciência, sem levar em conta o fato de se tratar de algo grande, importante, ou de uma coisa insignificante,

pequena.

Esse exercício deve ser cultivado ao longo de toda vida, pois aguça a mente e fortaleça a memória e a consciência. Depois de obtermos uma certa prática na execução desse exercício, podemos passar ao próximo, que consiste em fixar uma única ideia por um certo período de tempo, e reprimir com firmeza outros pensamentos que vêm se ajustar a ela na mente, com violentos sobressaltos.

Escolha um pensamento ou uma ideia qualquer de sua preferência, ou então um imagem. Fixe-a com toda a força, e rejeite energicamente todos os outros pensamentos não tenham nada a ver com os do exercício.

No início, você só conseguirá fazer isso por alguns segundos, e posteriormente, por alguns minutos. Você tem que conseguir fixar um único pensamento e acompanhá-lo por no mínimo dez minutos seguidos. Se for bem sucedido em seu intento, estará maduro para mais um exercício, que consistirá no aprendizado do esvaziamento total da mente.


Deite-se confortavelmente num sofá ou numa cama, ou então sobre uma cadeira reclinável, e relaxe o corpo inteiro. Feche os olhos. Rejeite energicamente todos os pensamentos emergentes. Em sua mente não deve haver nada, somente o vazio total.

Fixe esse estado de vazio total, sem desviar ou se distrair. No início você só conseguirá manter isso durante alguns segundos, mas exercitando-se constantemente conseguirá um melhor desempenho.

O objectivo do exercício será alcançado quando você conseguir manter-se nesse estado durante dez minutos completos, sem se distrair ou adormecer.

Seus sucessos, fracassos, tempos de duração dos exercício e eventuais perturbações deverão ser anotados cuidadosamente num Grimoire.

Esse diário servirá para o controle pessoal de sua escalada. Quando mais consciencioso você for na consecução dos exercício aqui descritos, tanto melhor será a sua assimilação dos restantes.

Elabore um plano preciso de trabalho para a semana entrante ou para o dia seguinte. E principalmente, cultive a auto-crítica.


Fonte: http://www.conspirancy.hpg.ig.com.br/Wicca.htm

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